Imagem da logo da SESUNILA

Histórico

A SESUNILA, Seção Sindical da Andes-SN na UNILA, foi criada no dia 27 de novembro de 2015, no auditório da Fundação Cultural, em Foz do Iguaçu. A assembleia foi convocada e presidida pela Regional-Sul do Andes e contou com a presença de docentes observadores da ADUFPR e da UTFPR. A chuva torrencial daquela noite e a queda de luz não foram obstáculos para a presença importante de 54 docentes, que aprovaram por unanimidade a criação da seção sindical e discutiram o seu regimento interno e a eleição da direção provisória.

Assembléia de criação da SESUNILA

Desde essa origem, a SESUNILA passou a fazer parte do movimento de luta nacional da ANDES-SN em prol da categoria docente e do ensino superior público, de qualidade e democrático, somando-se à trajetória de mais de quarenta anos de luta do sindicato nacional. Nosso trabalho se desenvolveu tendo em vista o diálogo permanente com a comunidade acadêmica, atuando diretamente nas questões docentes em âmbito local, mas também buscando articulações com a sociedade de um modo geral, junto às demais entidades da região.

É notório que a criação da SESUNILA aconteceu em meio a uma conjuntura terrível às trabalhadoras e trabalhadores do país. De acordo aos princípios que mobilizaram a criação de nosso sindicato, ao longo de todos estes anos estivemos nas principais frentes de luta nesse cenário tão difícil: contra o golpe que ocasionou o impeachment de Dilma Roussef e na campanha “Fora Temer”; nos protesto contra a PEC do teto de gastos; contra o retrocesso histórico que implicou a Reforma Trabalhista.

Junto com a avalanche de desmontes do governo Michel Temer, veio também a Emenda Aditiva à Medida Provisória 785/2017, de autoria do deputado federal Sérgio Souza (PMDB/PR), que propôs o fim do projeto educacional de integração da América Latina da UNILA para a criação, em seu lugar, de uma Universidade Federal do Oeste do Paraná, cujo foco seria a economia regional do agronegócio. A SESUNILA esteve junto à ampla frente de resistência de nossa comunidade, tanto no âmbito local, quanto articulando junto ao ANDES-SN uma audiência pública em Brasília, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal para a qual se dirigiu uma caravana unilera. A campanha UNILA Resiste foi extremamente vitoriosa.

Assembléia SESUNILA Resiste

Também nos mobilizamos intensamente junto a coletivos, sindicatos e partidos de esquerda na cidade contra a eleição de Bolsonaro em 2018. Mediante o resultado trágico daquelas eleições, a SESUNILA esteve engajada aos movimentos de resistência nacional em defesa da Educação Pública, denunciando os cortes de verba e as propostas nada veladas de privatização do ensino. Junto às/aos TAEs e às/aos estudantes da UNILA, organizamos a assembleia histórica das três categorias que no início de 2020 denunciou o processo de privatização em curso com a proposta do “Future-se”.

Assembléia debatendo o projeto future-se

No contexto tão difícil da pandemia de Covid-19, nos reunimos à mobilização nacional pela exigência de vacinas e da responsabilização do governo em relação ao avanço da doença e da pobreza em todo o país. Embora possa parecer distante do nosso cotidiano, tais ações buscaram garantir nossas condições de trabalho, com dignidade, autonomia e sem patrulhamento, o que apenas um sindicato de âmbito nacional como o ANDES-SN pode levar adiante.

A SESUNILA participou ativamente da campanha contra a reeleição do governo fascista de Bolsonaro, mas também segue de forma absolutamente autônoma denunciando a política de austeridade mantida no governo Lula-Alckmin por meio do arcabouço fiscal, que segue impondo sacrifícios à população em favor do financismo. A greve da Educação Federal de 2024, mobilizada de forma unificada entre o ANDES-SN, o SINASEFE e a FASUBRA, nesse sentido, mostrou-se histórica, e obteve conquistas importantes: reposição das perdas salariais; revogação de normativas que atentam contra os direitos docentes; compromisso de reposição orçamentária. O cumprimento do acordo obtido com a greve segue sendo acompanhado de perto. Outra conquista fundamental da greve foi evidenciar de forma cristalina a atuação pelega da PROIFES, que simula lutar pelos direitos da categoria para tentar fazer acordos de bastidores às suas costas.

No âmbito local, durante as distintas direções da SESUNILA, lançamos campanhas de conscientização sobre o machismo, sobre o racismo e "Por um Ambiente Laboral Saudável", contra o assédio moral institucional que vem se cristalizando como cultura laboral na UNILA. Entendemos, ademais, que muito desse quadro se deve à insuficiência de docentes nos vários cursos da instituição e à falta de técnicos administrativos no apoio à docência. Temos ainda prestado apoio jurídico a docentes para questões trabalhistas e abrimos ações judiciais coletivas para o reconhecimento de nossos direitos.

Temos ainda promovido atividades culturais, lançamentos de livro, sessões de cinema, eventos acadêmicos, cursos de formação e outros de interesse da categoria, como as atividades sobre a carreira docente.

A SESUNILA é um sindicato novo, mas já tem uma importante história na UNILA. Esperamos contar com a participação de cada afiliado/a para fazer muito mais, pois um sindicato forte se faz pela base.